sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Aonde está aquela criança que você é?



Aonde está aquela criança que você era?

Muito de nós sabemos que de todo o período em que estamos encarnados nessa existência , o período em que temos sentimentos límpidos e cristalinos, é na fase da infância, nos primeiros anos onde esboçamos os primeiros pensamentos através das primeiras frases formadas, seguindo até a fase da adolescência.

Nesse primeiro momento, temos o nosso coração puro sem parâmetros para que o que se encontre dentro dele, seja exteriorizado a todo momento. Não temos vergonha de abraçar, de pedir colo, de chorar quando sentimos tristes, independene do local e do motivo. Nessa época, éramos extremamente humildes, pedíamos sem medo de levar um não, pedíamos tudo!

Corríamos para o quarto de nossos pais quando um trovão nos assustava, dormíamos muito tranquilos debaixo da coberta com eles.

Essas e outras inúmeras coisas, tínhamos um imenso prazer de fazer...mas foram ficando para trás, por vergonha ou sei lá o que. Fomos criando um campo de força em nossos corações a medida que os relacionamentos da pós-adolecência foram fracassando, com isso muitas pessoas até blindam ou então quando vão sair de casa deixam ele guardado na gaveta da mesinha de cabeceira. Com isso inúmeros sentimentos contrários ao amor surgem:

“ O fazer por interesse (o que eu vou ganhar em troca)”.
“ Eu vou fazer ? Quando eu precisei ele não fez”.
“ O amor surge de uma hora para outra e a pessoa que guardou o coração em casa se distancia, por medo de novos relacionamentos ”.
“ Desconfiança, desconfiamos de tudo e de todos, desconfiamos até da existência de Deus quando estamos passando por um momento difícil”.

E a melhor época da vida qual é ?

Justamente essa que eu estou comentando. Quando crianças vivemos o hoje com a responsabilidade imposta por nossos responsáveis, mas vivemos; não temos “os medos do coração” e somos muito felizes por isso.

Brincamos, nos divertimos, rimos, amamos, fazemos palhaçadas para aparecer, corremos para a casa da vovó para apreciar os quitutes deliciosos que ela faz.

Na correria do nosso dia a dia, deixamos tudo isso de lado, e a simplicidade da felicidade de todos os momentos que vivenciamos, e no fundo sabemos que é o caminho, mas são deixados para trás. Porque ? Talvez por medo.

Medo de se doar e não ser correspondido, medo de ser passado para trás mais uma vez, medo de tentar construir algo e poder perceber está tentando sozinho.

Irmãos, não basta existir, temos que viver !

Estar encarnado é um privilégio tremendo, quantos espírituais gostariam de estar aqui nessa terra vivenciando o dia a dia e com isso Ter a oportunidade de trabalhar para se aproximar cada dia mais de Deus, não desperdice seus dias deixando de amar, deixando de sonhar, deixando de construir, mesmo que desmorone, mesmo que o vento derrube seu castelo que no momento é de areia, aproveite em quanto tem tempo, viva, ou pelo menos tente viver para que “do outro lado”, você possa constatar que sempre tentou !

Sempre tente ser melhor do que ontem, essa é a Vida de quem não somente existe.

Ao deitar-se faça um balanço de seus atos e perceba onde não usou o coração, passe a usar, mesmo que em primeiro momento caia, Deus está vendo e com certeza o ajudará a levantar e ficará melhor do que estava antes de cair.


Um beijo feliz a todos.


Léo Saraiva, fiquem em paz.



Parábula do - BOM CORAÇÃO


No tempo do Buda vivia uma velha mendiga chamada "Confiando na Alegria". Ela observava os reis, príncipes e o povo em geral fazendo oferendas ao Buda e a seus discípulos, e não havia nada que quisesse mais do que poder fazer o mesmo.

Saiu então pedindo esmolas, mas o fim do dia não havia conseguido mais do que uma moedinha. Levou-a ao mercado para tentar trocá-la por algum óleo mas o vendedor lhe disse que aquilo não dava para comprar nada.

Quando soube que ela queria fazer uma oferenda ao Buda, encheu-se de pena e deu-lhe o óleo que queria. A mendiga foi para o mosteiro e acendeu a lâmpada. Colocou-a diante do Buda e fez o seguinte pedido:

"Nada tenho a oferecer senão esta pequena lâmpada. Mas com esta oferenda possa eu no futuro ser abençoada com a lâmpada da sabedoria. Possa eu libertar todos os seres das suas trevas, purificar todos os seus obscurecimento e levá-los a iluminação".

Durante a noite, o óleo de todas as outras lâmpadas se acabou. Mas a lâmpada da mendiga ainda queimava na alvorada, quando Maudgalyayana, o discípulo do Buda, chegou para recolher as lâmpadas. Ao ver aquela única ainda brilhando, cheia de óleo e com pavio novo, pensou:

"Não há razão para que essa lâmpada continue ainda queimando durante o dia", e tentou apagar a chama com os dedos, mas foi inútil. Tentou abafá-la com suas vestes, mas ela ainda ardia.

O Buda o observando há algum tempo, e disse: Maudgalyayana, você quer apagar essa lâmpada? não vai conseguir. Não conseguiria nem movê-la daí, que dirá apagá-la. Se jogasse nela toda a água dos oceanos, ainda assim não adiantaria. A água de todos os rios e lagos do mundo não poderia extinguir esta chama. Por que não?

"Porque ela foi oferecida com devoção e com pureza de coração e mente. Essa motivação produziu um enorme benefício".

Quando o Buda terminou de falar, a mendiga se aproximou e ele profetizou que no futuro ela se tornaria um perfeito buda, conhecido como "Luz da lâmpada".

Em tudo, o nosso sentimento é que importa, a intenção boa ou má influencia diretamente nossa vida no futuro. Qualquer ação por mais simples que seja, se feita com coração produz benefícios na vida das pessoas.



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